COMO SE TODA EU
mucosa
– e a mucosa necessita de outra mucosa.
Para
ela é uma questão de sobrevivência
;
a subserviência ao princípio da desunidade, a carência,
a
ausência alternada, a rotura primordial, a deslocação, a procura.
Quando
um estímulo transita diretamente do cérebro para a mucosa,
sem
interface na zona peitoral,
a
pessoa converte-se numa mucosa de pouco mais de metro e meio,
como
se na miragem não houvera consciência da emoção grosseira
e
estritamente micénica
-
por simetria ao grego de Homero –
;
tão menos do sentimento, que acarreta informação lúcida
do
antes, do durante e do depois da dita fricção.
É
curioso quando a existência operativa da mucosa está circunscrita ao cérebro,
e
imediações, por insuficiência venosa
;
não raras vezes, com origem no próprio cérebro.
Então,
nestes casos, o impulso, quando ensaia a descida, volta a subir
com
a informação de avaria no sistema.
Sempre
que circuita pelo coração, todavia, adquire centelhas magenta e verde
água
elétricos
e
a cabeça não permanece enredada no negrume do defeito,
estando
apta a adentrar a Grande Mucosa, que é toda-ela-luminosa-e-enificadora.
Claro
é, que, ao dizermos imagens, enunciamos sons e aromas, eventualmente,
apenas
do próprio, com as suas pseudo-mucosas, também aptas ao amor oral.
Por
outro lado, há as mucosas nasais, que não pertencem à NASA,
embora,
por lá, também as haja.
A
questão é
:
o que germina, na interface dimensional, quando as duas mucosas mucosas
se
friccionam até ao fim?
Hipótese
a)
:
O princípio da evolução cósmica é, fatalmente, não uma,
mas,
duas mucosas.
Hipótese
b)
:
para que ambas as mucosas executem o seu papel será sempre necessário um útero
infinitamente
criativo e disponível.
Hipótese
c)
A
NASA continua a explorar o útero
In "Pudorgrafia" de Suzamna Hezequiel (1972- )