sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

É belo!


É belo ver a Noite despir-se lentamente diante de nós
e se ainda o sangue aflui a todas as pontes
exangues flutuamos.

Mas sobre a sua armadura tortuosa a das lagostas
o guerreiro nocturno destaca-se
o pôr do sol erguido
como este teu braço romano
de guerreiro
vitorioso no seu fragmento.

E se uma palavra de argila sobeja
(de todas as mais ágil confessemos)
fica eternamente
no canto o mais obscuro e secreto
deste canto.

In "Incurso"
Cruzeiro Seixas
(1920-  )