sábado, 24 de março de 2018

HOJE, SERÃO POÉTICO COM ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO E SÉRGIO CASTRO




A noite mais aguardada da Poesia à Mesa, o Serão Poético, reúne este ano dois nomes maiores da música portuguesa, António Manuel Ribeiro (UHF) e Sérgio Castro (Trabalhadores do Comércio). Num serão informal, conduzido pelo poeta José Fanha e pelo performer Paulo Condessa, a música e a poesia ganham forma e é com emoção que estas grandes figuras do panorama cultural partilham com o público os seus dotes musicais e de declamação.
 


SOBRE ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO | António Manuel Ribeiro nasceu em Almada, em 1954. Apesar de uma breve incursão no curso de Arquitetura, a poesia, a literatura e os originais que ia escrevendo, falaram mais alto. Em 1978, nascem os UHF, iniciando-se aqui uma corrida pela música rock que não irá mais parar: prata, ouro e platina como um tesouro que as espiras trouxeram e os concertos acrescentam. É por esta altura que decide rasgar os primeiros dois romances que escrevera no calor da adolescência – “por serem demasiado premonitórios”, dirá. Ao longo dos anos, a escrita será uma presença assídua na sua vida, escrevendo crónicas para jornais e rádios. Ajudou a fundar duas rádios piratas (Almada e Costa de Caparica) onde assumiu programas de autor – a rádio é e será uma paixão.

Autor inscrito na Sociedade Portuguesa de Autores, desde 1979, integrou entre 1994 e 2000, a direção da cooperativa enquanto diretor para a Música Ligeira. Por convite de José Jorge Letria, Presidente da SPA, foi nomeado Embaixador do Direito de Autor no final de 2012.

Publicará vários livros a partir de 2002: “Todas As Faces de Um Rosto”, Garrido Editores (2002) – inéditos de poesia, notas de viagem e letras de canções escolhidas; 2.ª edição; “Se o Amor Fosse Azul Que Faríamos Nós da Noite”, Garrido Editores (2003) – poesia inédita; “Cavalos de Corrida – A Poética dos UHF”, Sete Caminhos (2005) – toda a lírica dos UHF em ordem cronológica, anotada pelo autor; “O Momento a Seguir”, Sete Caminhos (2006) – poesia inédita; “Por Detrás Do Pano”, Chiado Editora (2015) – crónicas. “És Meu, Disse Ela”, Guerra & Paz (2018) – testemunho biográfico.

Para além dos livros, a atividade literária estende-se ainda por inúmeros textos publicados em livros coletivos, prefácios, jornais e desenhos. Entre 2002 e 2015 assinou mensalmente (nem sempre) uma coluna de opinião e cidadania no semanário digital Setubalnarede, onde se divertiu democraticamente. Tem artigos espalhados por outros jornais (Blitz, Público). As revistas Algarve Informativo (semanal) e Lusitano de Zurique (mensal) replicam textos de opinião originalmente publicados no seu Facebook.

Musicalmente, com os UHF, fez 23 Álbuns, de onde 5 ao vivo; 26 Colectâneas UHF; 23 EPs, singles e Maxis; 97 Compilações com outros artistas. Em nome próprio, assinou “É Hoje / Agora”, single (1987); “Pálidos Olhos Azuis”, CD (1992); “Sierra Maestra”, CD (2000); “Somos Nós Quem Vai Ganhar”, CD-S (2003)




SOBRE SÉRGIO CASTRO | Nascido em 1955, no Porto, Sérgio Castro ficou tão fascinado com o "Please Please Me" dos Beatles que decidiu imediatamente (aos 8 anos) o que queria ser quando fosse grande: um "Bitle". Grande foi sempre e aos 13 anos já era um dos "maiores" bateristas portugueses, com o seu Metro e Oitenta. "Bitle" nunca conseguiu ser. De qualquer forma, a coisa não foi mal de todo e ao longo de umas quantas décadas fez o que queria fazer: tocar ao vivo, compor, gravar e produzir discos e passear pelo planeta.

Sergio Castro, músico, compositor, produtor discográfico e engenheiro de som durante mais de 30 anos, estudou engenharia mecânica na Universidade do Porto, durante os anos 1972 a 1975. Estudou flauta no Conservatório do Porto e frequentou até ao terceiro grau de Pedagogia Musical com Yos Wytak, discípulo de Carl Orff. Entre os anos 1973 e 1985 foi membro fundador ou integrou grupos musicais como Rocka, Psico, Arte & Oficio, Trabalhadores do Comercio y Stick, com os quais gravou e/ou produziu mais de 30 discos de originais. Em 1979 funda a empresa de sonorização MUSO, a primeira companhia de PA verdadeiramente profissional em Portugal com serviços prestados à RTP, ao FITEI e outras organizações ou músicos internacionais como Serrat, Alvin Lee, Tom Robinson, Jose Afonso, Sergio Godinho ou Gary Burton. Em 1983, funda o primeiro estúdio de multipista da cidade do Porto e do seu reencontro com António Garcez, nascem os Stick. A partir de 1984, começou a trabalhar em Espanha, produzindo vários grupos como Semen Up, Desertores, Aerolineas Federales, Fuera de Serie, Vida Bebida, Dr. Hello, Tres o Bromea o Que. Foi membro da formação mais emblemática dos Semen Up, entre 1984 e 1986, e dos Bombeiros Voluntários de 1989 até 1992 (ex-banda de apoio de "Os Resentidos").

Atualmente, Sérgio Castro, para além de manter vivo o projeto Trabalhadores do Comércio, canta e toca guitarra esporadicamente com grupos espanhóis de Rhythm & Blues. O seu 'hobby' principal é codirigir as empresas espanholas Reflexion Arts, Funky Junk Spain e os estúdios Planta Sónica, que reabriram nesta nova reencarnação em Novembro de 2010.